O Scrum é mais orientado ao tempo, pois define sprints com duração fixa e entrega incrementos regulares do produto. O Kanban é mais orientado ao escopo, pois permite que as tarefas sejam priorizadas e reordenadas conforme a demanda do cliente. O Lean Development é mais orientado à qualidade, pois busca eliminar qualquer aspecto que não agregue valor ao produto ou ao processo.
A escolha da metodologia mais adequada para cada projeto depende de uma análise criteriosa e contextualizada de cada caso, levando em conta os seguintes aspectos:
Os objetivos e as expectativas do cliente e dos usuários em relação ao produto a ser desenvolvido.
O escopo, a complexidade, a criticidade e a inovação do produto a ser desenvolvido.
Os requisitos funcionais e não funcionais do produto a ser desenvolvido.
O grau de estabilidade, clareza e volatilidade dos requisitos do produto a ser desenvolvido.
O tamanho, a composição, a experiência, a capacitação e a maturidade da equipe de desenvolvimento.
Os recursos humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e temporais disponíveis para o projeto.
Os riscos, as restrições, as oportunidades e as ameaças envolvidas no projeto.
As normas, os padrões, as regulamentações e as boas práticas aplicáveis ao projeto.
A escolha da metodologia mais adequada para cada projeto deve ser feita de forma participativa e consensual, envolvendo todas as partes interessadas no projeto (como o cliente, os usuários, os desenvolvedores, os gerentes, os analistas, os testadores, etc.). Essa escolha deve ser revisada e ajustada periodicamente, conforme o andamento e o feedback do projeto.
Como escolher a metodologia ágil mais adequada para o seu projeto ou negócio?
As metodologias ágeis são abordagens que visam aumentar a eficiência, a qualidade e a satisfação dos clientes e das equipes no desenvolvimento de software. Elas se baseiam em valores e princípios que enfatizam a entrega de valor, a colaboração, a adaptação e a melhoria contínua. No entanto, existem diversas metodologias ágeis, cada uma com suas características, vantagens e desafios. Portanto, como escolher a melhor metodologia ágil para o seu projeto ou negócio?
Não há uma resposta única ou definitiva para essa questão, pois a escolha da metodologia ágil depende de vários fatores, tais como:
As características e necessidades do projeto, como o escopo, a complexidade, a inovação, os requisitos, os riscos, os recursos, o prazo e o orçamento.
As características e necessidades do cliente, como as expectativas, as preferências, o envolvimento, o feedback e a satisfação.
As características e necessidades da equipe, como o tamanho, a composição, a experiência, a capacitação, a maturidade, a autonomia e a motivação.
As características e necessidades da organização, como a cultura, a estrutura, os processos, as normas e as boas práticas.
Assim, é preciso analisar cada caso de forma criteriosa e contextualizada, levando em conta todos esses aspectos. Além disso, é preciso considerar as semelhanças e diferenças entre as principais metodologias ágeis existentes, como o Scrum, o Kanban e o Lean Development. Essas metodologias compartilham alguns valores e princípios comuns, mas também apresentam particularidades que as tornam mais adequadas para diferentes tipos de projetos, equipes e objetivos.
De forma geral, podemos dizer que:
O Scrum é mais indicado para projetos que se encaixam em ciclos curtos e regulares de entrega (sprints), que têm requisitos bem definidos e priorizados pelo cliente (Product Owner), que contam com uma equipe pequena e multidisciplinar (Development Team), que têm um facilitador do processo (Scrum Master) e que seguem uma estrutura de papéis, artefatos e eventos bem definidos (mais aqui e aqui).
O Kanban é mais indicado para projetos que têm um fluxo contínuo de trabalho, que têm requisitos variáveis e flexíveis conforme a demanda do cliente, que contam com uma equipe autônoma e colaborativa, que têm um sistema visual de gestão do trabalho (quadro Kanban) e que seguem quatro princípios básicos: visualizar o fluxo de trabalho, limitar o trabalho em progresso (WIP), gerenciar o fluxo e melhorar continuamente (mais aqui e aqui).
O Lean Development é mais indicado para projetos que buscam eliminar qualquer tipo de desperdício no produto ou no processo, que têm requisitos focados no valor para o cliente, que contam com uma equipe capacitada e empoderada, que têm um processo enxuto e eficiente (lean) e que seguem sete princípios: eliminar desperdícios, ampliar aprendizado, decidir tarde, entregar rápido, capacitar a equipe, construir qualidade e ver o todo (mais aqui e aqui).
Em um Modelo de decisão para escolha da metodologia ágil, algumas perguntas que podem auxiliar na escolha da metodologia ágil são:
O projeto tem um escopo fixo ou variável?
O projeto tem um prazo fixo ou variável?
O projeto tem requisitos estáveis ou voláteis?
O projeto tem uma equipe dedicada ou compartilhada?
O projeto tem uma equipe co-localizada ou distribuída?
O projeto tem uma equipe experiente ou iniciante?
O projeto tem um cliente envolvido ou distante?
A partir das respostas a essas perguntas, pode-se identificar qual metodologia ágil se adapta melhor ao contexto do projeto. Por exemplo, se o projeto tem um escopo fixo, um prazo fixo, requisitos estáveis, uma equipe dedicada, co-localizada e experiente e um cliente envolvido, o Scrum pode ser uma boa opção. Por outro lado, se o projeto tem um escopo variável, um prazo variável, requisitos voláteis, uma equipe compartilhada, distribuída e iniciante e um cliente distante, o Kanban pode ser uma melhor alternativa.
No entanto, é importante ressaltar que a escolha da metodologia ágil não é uma decisão definitiva nem imutável. É possível combinar elementos de diferentes metodologias ágeis, criando abordagens híbridas que podem ser mais eficazes em determinadas situações. Por exemplo, pode-se usar o Scrum para planejar e executar os sprints, o Kanban para gerenciar o fluxo de trabalho e o Lean Development para eliminar os desperdícios. Além disso, é possível revisar e ajustar a metodologia ágil conforme o andamento e o feedback do projeto, buscando sempre a melhoria contínua do produto e do processo.
Quais são as vantagens e desafios de implementar uma metodologia ágil em sua organização?
Implementar uma metodologia ágil em sua organização pode trazer diversos benefícios, mas também alguns desafios, que devem ser considerados e superados. A seguir, apresentamos alguns deles:
Vantagens
Maior satisfação do cliente: ao entregar valor de forma contínua e incremental, a metodologia ágil permite que o cliente participe ativamente do projeto, fornecendo feedbacks e validando as funcionalidades entregues. Isso aumenta a confiança, a transparência e a qualidade do produto final (mais aqui e aqui).
Maior produtividade da equipe: ao trabalhar em ciclos curtos e regulares, a metodologia ágil estimula a equipe a se concentrar nas tarefas mais importantes e prioritárias, evitando desperdícios de tempo e recursos. Além disso, ao promover a colaboração, a comunicação e a autonomia da equipe, a metodologia ágil melhora o clima organizacional, a motivação e o engajamento dos profissionais (mais aqui e aqui).
Maior adaptabilidade às mudanças: ao adotar uma abordagem flexível e iterativa, a metodologia ágil permite que o projeto se ajuste às mudanças frequentes e imprevistas no contexto do mercado, do cliente ou da tecnologia. Isso aumenta a competitividade, a inovação e a resiliência da organização (mais aqui e aqui).
Maior aprendizado contínuo: ao realizar avaliações e melhorias constantes do produto e do processo, a metodologia ágil possibilita que a equipe aprenda com os erros e os acertos, incorporando novos conhecimentos e habilidades. Isso aumenta o desempenho, a eficiência e a eficácia da organização (mais aqui e aqui).
Desafios
Mudança de cultura organizacional: implementar uma metodologia ágil requer uma mudança de mentalidade e de comportamento de todos os envolvidos no projeto, desde os gestores até os desenvolvedores. É preciso romper com as práticas tradicionais, baseadas em planejamento detalhado, documentação extensa e controle rígido, e adotar as práticas ágeis, baseadas em entrega rápida, feedback constante e colaboração intensa. Essa mudança pode gerar resistências, conflitos e inseguranças na organização (mais aqui e aqui).
Capacitação da equipe: implementar uma metodologia ágil exige que a equipe tenha conhecimento e domínio das técnicas, ferramentas e processos ágeis. Isso requer um investimento em treinamento, orientação e acompanhamento da equipe, para que ela possa se familiarizar com a nova abordagem e aplicá-la corretamente. Além disso, é preciso garantir que a equipe tenha as competências necessárias para trabalhar de forma autônoma, multidisciplinar e adaptativa (mais aqui e aqui).
Gestão de múltiplos projetos: implementar uma metodologia ágil pode dificultar a gestão de múltiplos projetos simultâneos na organização, pois cada projeto pode ter um ritmo, um escopo e um método diferente. Isso pode gerar problemas de integração, comunicação e alinhamento entre as equipes e os stakeholders dos projetos. Além disso, pode haver conflitos de recursos humanos, materiais ou financeiros entre os projetos (mais aqui e aqui).
Avaliação de resultados: implementar uma metodologia ágil pode desafiar a avaliação de resultados dos projetos na organização, pois os indicadores tradicionais podem não ser adequados para medir o desempenho, a qualidade e o valor dos produtos ágeis. É preciso definir novos indicadores que reflitam os objetivos e as expectativas dos clientes e dos usuários dos produtos ágeis. Além disso, é preciso acompanhar os resultados de forma contínua e sistemática, para identificar as melhorias necessárias (mais aqui e aqui).
Quais são as ferramentas e técnicas que podem auxiliar na aplicação de uma metodologia ágil?
As ferramentas e técnicas que podem auxiliar na aplicação de uma metodologia ágil são aquelas que facilitam a comunicação, a colaboração, a transparência, a adaptação e a melhoria contínua dos processos e dos produtos. Elas podem ser de natureza tecnológica, como softwares e aplicativos, ou de natureza comportamental, como práticas e hábitos. A seguir, apresentamos algumas das principais ferramentas e técnicas ágeis, bem como exemplos de sua utilização:
Quadro Kanban: é uma ferramenta visual que permite gerenciar o fluxo de trabalho de uma equipe ou de um projeto. O quadro é dividido em colunas que representam os diferentes estágios do trabalho (como a fazer, em andamento, concluído, etc.) e cada tarefa é representada por um cartão que é movido pelas colunas conforme o seu progresso. O quadro Kanban ajuda a visualizar o trabalho, limitar o trabalho em progresso (WIP), identificar gargalos e priorizar as tarefas. Um exemplo de uso do quadro Kanban é o Trello, um software gratuito que permite criar e compartilhar quadros Kanban online.
Scrum: é uma técnica que consiste em organizar o trabalho em ciclos curtos e regulares chamados de sprints, nos quais são entregues incrementos funcionais do produto. O Scrum envolve três papéis principais: o Product Owner (responsável por definir e priorizar os requisitos do produto), o Scrum Master (responsável por facilitar e orientar o processo) e o Development Team (responsável por desenvolver e testar o produto). O Scrum também envolve quatro artefatos principais: o Product Backlog (lista ordenada dos requisitos do produto), o Sprint Backlog (lista das tarefas a serem realizadas em cada sprint), o Increment (parte funcional do produto entregue em cada sprint) e o Burndown Chart (gráfico que mostra o progresso do sprint). Além disso, o Scrum envolve cinco eventos principais: o Sprint Planning (reunião para planejar o sprint), o Daily Scrum (reunião diária para sincronizar o trabalho da equipe), o Sprint Review (reunião para avaliar o incremento entregue no sprint), o Sprint Retrospective (reunião para refletir sobre as melhorias do processo) e o Sprint (período de tempo fixo para realizar o trabalho). Um exemplo de uso do Scrum é o Jira, um software pago que permite gerenciar projetos ágeis com base no Scrum.
Testes Automatizados: são técnicas que consistem em usar softwares ou scripts para executar testes no produto sem a intervenção humana. Os testes automatizados ajudam a verificar se o produto atende aos requisitos funcionais e não funcionais, detectar defeitos rapidamente, economizar tempo e recursos e garantir a confiabilidade do produto . Um exemplo de uso dos testes automatizados é o Selenium, um software gratuito que permite automatizar testes de aplicações web.
Quais são os casos de sucesso e as lições aprendidas de empresas que utilizam uma metodologia ágil?
As metodologias ágeis têm sido adotadas por diversas empresas de diferentes setores e tamanhos, que buscam obter benefícios como maior satisfação do cliente, maior produtividade da equipe, maior adaptabilidade às mudanças e maior aprendizado contínuo. No entanto, a implementação das metodologias ágeis também envolve desafios, como a mudança de cultura organizacional, a capacitação da equipe, a gestão de múltiplos projetos e a avaliação de resultados. Neste sentido, é importante conhecer os casos de sucesso e as lições aprendidas de empresas que utilizam uma metodologia ágil em seus processos. A seguir, apresentamos alguns exemplos:
FBI: A agência federal americana adotou o Scrum, uma metodologia ágil que se baseia em ciclos curtos e regulares de entrega (sprints), nos quais são entregues incrementos funcionais do produto. Com o Scrum, o FBI conseguiu concluir um projeto crítico de modernização do seu sistema de informações, que estava atrasado há mais de uma década e com um orçamento estourado em mais de US$ 500 milhões. O projeto foi entregue em três anos, com um custo 40% menor do que o previsto e com uma satisfação do cliente superior a 90%.
Toyota: A empresa automobilística utilizou o Lean Startup, uma metodologia ágil que se baseia na experimentação rápida e na validação das hipóteses do negócio. Com o Lean Startup, a Toyota conseguiu lançar um novo serviço de compartilhamento de carros elétricos em apenas oito meses, com um investimento mínimo e com uma alta adesão dos clientes. O serviço se tornou um modelo de inovação para a indústria automobilística.
Esses exemplos mostram como as metodologias ágeis podem trazer resultados positivos para as empresas que as implementam. No entanto, eles também revelam algumas lições aprendidas que podem ser úteis para outras organizações que desejam seguir o mesmo caminho. Algumas dessas lições são:
Escolher a metodologia ágil mais adequada para cada projeto, considerando as características e necessidades do produto, do cliente, da equipe e da organização.
Envolver todas as partes interessadas no projeto, desde os gestores até os usuários finais, promovendo a comunicação, a colaboração e o feedback constantes.
Adaptar-se às mudanças e às incertezas do contexto do projeto, realizando ajustes e melhorias contínuas no produto e no processo.
Capacitar e empoderar a equipe para trabalhar de forma autônoma, multidisciplinar e adaptativa.
Monitorar e avaliar os resultados do projeto, utilizando indicadores que reflitam os objetivos e as expectativas dos clientes e dos usuários.
Modelos Híbridos: Harmonizando Abordagens Tradicionais e Ágeis
Compreender que um único método não atende a todas as situações levou ao desenvolvimento de modelos híbridos que combinam princípios ágeis com abordagens tradicionais. Essa abordagem busca tirar proveito das vantagens de ambos os mundos, permitindo flexibilidade e adaptação, bem como planejamento e controle.
Quais são os critérios para combinar as práticas ágeis e tradicionais em um modelo híbrido de desenvolvimento e quais são os benefícios e desafios dessa combinação?
Um modelo híbrido de desenvolvimento é aquele que integra elementos das abordagens ágil e tradicional de gerenciamento de projetos, buscando aproveitar as vantagens e minimizar as desvantagens de cada uma. No entanto, não há uma fórmula única ou definitiva para essa combinação, pois ela depende de vários fatores, tais como:
O tipo, o tamanho, a complexidade e o escopo do projeto;
O grau de incerteza, instabilidade e mudança do ambiente;
A maturidade, a capacidade, a experiência e a preferência da equipe;
A expectativa, a satisfação, o envolvimento e o feedback do cliente;
A cultura, a estrutura, a estratégia e os objetivos da organização.
Assim, é preciso analisar cada caso de forma criteriosa e contextualizada, levando em conta todos esses aspectos. Além disso, é preciso considerar os princípios, as características, as vantagens e as desvantagens das abordagens ágil e tradicional, bem como as possibilidades de adaptação, integração e complementação entre elas.
A abordagem tradicional é baseada em valores como previsibilidade, estabilidade, controle e eficiência. Ela se caracteriza por fases sequenciais e lineares de entrega (cascata), requisitos detalhados e fixos (escopo), equipe grande e especializada (matricial), validação final (aceitação) e supervisão hierárquica (gerência). As vantagens da abordagem tradicional são maior facilidade de planejamento, controle e documentação do projeto, maior independência da comunicação informal e presencial da equipe e do cliente, maior garantia de foco e qualidade do produto e maior alinhamento à cultura organizacional. As desvantagens da abordagem tradicional são menor satisfação do cliente, menor produtividade da equipe, menor adaptabilidade às mudanças e menor aprendizado contínuo.
Um modelo híbrido de desenvolvimento pode ser construído a partir da combinação dessas abordagens em diferentes níveis: estratégico, tático ou operacional. Por exemplo:
No nível estratégico, pode-se definir uma visão geral do projeto com base na abordagem tradicional, estabelecendo o escopo, o prazo, o custo e a qualidade esperados. Em seguida, pode-se detalhar o projeto com base na abordagem ágil, priorizando os requisitos mais importantes e entregando-os em ciclos iterativos.
No nível tático, pode-se planejar o projeto com base na abordagem ágil, definindo os objetivos e as entregas de cada iteração. Em seguida, pode-se executar o projeto com base na abordagem tradicional, seguindo as fases de análise, design, implementação, teste e implantação.
No nível operacional, pode-se gerenciar o projeto com base na abordagem tradicional, utilizando ferramentas como cronograma, orçamento, matriz de responsabilidades e plano de comunicação. Em seguida, pode-se monitorar o projeto com base na abordagem ágil, utilizando ferramentas como quadro Kanban, gráfico de burndown, reuniões diárias e retrospectivas.
Os benefícios de combinar as práticas ágeis e tradicionais em um modelo híbrido de desenvolvimento são:
Aumentar a flexibilidade e a resiliência do projeto, permitindo que ele se adapte às mudanças e às incertezas do ambiente;
Aumentar a eficácia e a eficiência do projeto, permitindo que ele entregue valor para o cliente e para a organização;
Aumentar a satisfação e a motivação do cliente e da equipe, permitindo que eles participem ativamente do projeto e recebam feedbacks constantes;
Aumentar o aprendizado e a inovação do projeto, permitindo que ele incorpore novos conhecimentos e soluções.
Os desafios de combinar as práticas ágeis e tradicionais em um modelo híbrido de desenvolvimento são:
Definir os critérios e os limites para a combinação, evitando que ela se torne arbitrária, inconsistente ou contraditória;
Equilibrar as demandas e as expectativas do cliente e da organização, evitando que elas se tornem conflitantes, irreais ou insustentáveis;
Capacitar e alinhar a equipe e os stakeholders do projeto, evitando que eles se tornem confusos, desorientados ou resistentes;
Avaliar e melhorar o projeto, evitando que ele se torne obsoleto, ineficaz ou ineficiente.
Quais são os exemplos de modelos híbridos de desenvolvimento já existentes, como o SAFe (Scaled Agile Framework), o XP (Extreme Programming), o Lean Development e o Scrum, e como eles funcionam na prática?
Um modelo híbrido de desenvolvimento é aquele que combina elementos das abordagens ágil e tradicional de gestão de projetos, buscando aproveitar as vantagens e minimizar as desvantagens de cada uma. Existem vários exemplos de modelos híbridos de desenvolvimento já existentes, que podem ser adaptados às necessidades e características de cada projeto e organização. Alguns desses exemplos são:
SAFe (Scaled Agile Framework): O SAFe é um conjunto de padrões de organização e de fluxo de trabalho para implementar práticas ágeis em escala empresarial. O SAFe promove o alinhamento, a colaboração e a entrega entre diversas equipes ágeis, que trabalham em diferentes níveis: essencial, solução, portfólio e completo. O SAFe integra conceitos e práticas do desenvolvimento ágil de software, do desenvolvimento enxuto de produto e do pensamento sistêmico. O SAFe foi criado por Dean Leffingwell e Drew Jemilo em 2011, para ajudar as empresas a desenvolver sistemas e produtos de software melhores e que atendessem melhor às necessidades em constante mudança dos clientes (mais aqui, aqui e aqui).
XP (Extreme Programming): O XP é uma metodologia ágil de desenvolvimento de software que enfatiza a programação em pares, os testes automatizados, as entregas frequentes e o feedback contínuo. O XP visa aumentar a qualidade do software e a satisfação dos clientes, adaptando-se às mudanças e às incertezas do projeto. O XP integra conceitos e práticas do desenvolvimento iterativo, do refatoramento, da integração contínua e da programação orientada a objetos. O XP foi criado por Kent Beck, Ward Cunningham e Ron Jeffries na década de 1990, baseado nas experiências de projetos reais (mais aqui, aqui e aqui).
Lean Development: O Lean Development é uma abordagem de desenvolvimento de software que se baseia na filosofia lean, originada no Sistema Toyota de Produção. O Lean Development visa eliminar o desperdício e otimizar os processos, focando na entrega de valor para o cliente. O Lean Development integra conceitos e práticas do desenvolvimento enxuto de produto, do pensamento enxuto, da melhoria contínua e da inovação. O Lean Development foi inspirado por Taiichi Ohno, que criou o Sistema Toyota de Produção na década de 1950, e por Tom e Mary Poppendieck, que adaptaram os princípios lean para o desenvolvimento de software na década de 2000 (mais aqui, aqui e aqui).
Scrum: O Scrum é uma estrutura ágil de gestão de projetos que se baseia em ciclos curtos e regulares de entrega (sprints), nos quais são entregues incrementos funcionais do produto. O Scrum visa aumentar a flexibilidade e a resiliência do projeto, permitindo que ele se adapte às mudanças e às incertezas do ambiente. O Scrum integra conceitos e práticas do desenvolvimento iterativo, da gestão empírica, da auto-organização e da colaboração. O Scrum foi criado por Jeff Sutherland e Ken Schwaber na década de 1990, baseado nas experiências de projetos reais (mais aqui, aqui e aqui).
Esses exemplos mostram como é possível combinar as práticas ágeis e tradicionais em um modelo híbrido de desenvolvimento, que atenda às especificidades de cada contexto. No entanto, é importante ressaltar que não há um modelo único ou definitivo para essa combinação, pois ela depende de vários fatores, como o tipo, o tamanho, a complexidade e o escopo do projeto; o grau de incerteza, instabilidade e mudança do ambiente; a maturidade, a capacidade, a experiência e a preferência da equipe; a expectativa, a satisfação, o envolvimento e o feedback do cliente; a cultura, a estrutura, a estratégia e os objetivos da organização. Assim, é preciso analisar cada caso de forma criteriosa e contextualizada, levando em conta todos esses aspectos.
Quais são as ferramentas e técnicas que podem auxiliar na aplicação de um modelo híbrido de desenvolvimento, como o quadro Kanban, a programação em pares, os testes automatizados e o Lean Canvas, e como usá-las efetivamente?
As ferramentas e técnicas que podem auxiliar na aplicação de um modelo híbrido de desenvolvimento são aquelas que facilitam a comunicação, a colaboração, a transparência, a adaptação e a melhoria contínua dos processos e dos produtos. Elas podem ser de natureza tecnológica, como softwares e aplicativos, ou de natureza comportamental, como práticas e hábitos. A seguir, apresentamos algumas das principais ferramentas e técnicas híbridas, bem como exemplos de sua utilização:
Quadro Kanban: é uma ferramenta visual que permite gerenciar o fluxo de trabalho de uma equipe ou de um projeto. O quadro é dividido em colunas que representam os diferentes estágios do trabalho (como a fazer, em andamento, concluído, etc.) e cada tarefa é representada por um cartão que é movido pelas colunas conforme o seu progresso. O quadro Kanban ajuda a visualizar o trabalho, limitar o trabalho em progresso (WIP), identificar gargalos e priorizar as tarefas. Um exemplo de uso do quadro Kanban é o Trello, um software gratuito que permite criar e compartilhar quadros Kanban online.
Programação em Pares: é uma técnica que consiste em dois programadores trabalharem juntos no mesmo código, sendo um responsável por escrever o código e outro responsável por revisar e sugerir melhorias. A programação em pares ajuda a aumentar a qualidade do código, reduzir os erros, compartilhar conhecimentos e estimular a criatividade . Um exemplo de uso da programação em pares é o Visual Studio Code, um software gratuito que permite editar e depurar códigos com a colaboração remota de outros programadores.
Testes Automatizados: são técnicas que consistem em usar softwares ou scripts para executar testes no produto sem a intervenção humana. Os testes automatizados ajudam a verificar se o produto atende aos requisitos funcionais e não funcionais, detectar defeitos rapidamente, economizar tempo e recursos e garantir a confiabilidade do produto . Um exemplo de uso dos testes automatizados é o Selenium, um software gratuito que permite automatizar testes de aplicações web.
Lean Canvas: é uma ferramenta que permite criar modelos de negócios enxutos com base nos problemas, soluções, propostas de valor e segmentos de clientes. O Lean Canvas ajuda a validar as hipóteses do negócio, reduzir os riscos, economizar tempo e recursos e focar no valor para o cliente . Um exemplo de uso do Lean Canvas é o Canvanizer, um software gratuito que permite criar e compartilhar Lean Canvas online.
Essas ferramentas e técnicas podem ser usadas efetivamente em um modelo híbrido de desenvolvimento seguindo alguns passos:
Identificar as necessidades e características do projeto, do cliente, da equipe e da organização;
Escolher as ferramentas e técnicas mais adequadas para cada fase ou atividade do projeto;
Capacitar e orientar a equipe para usar as ferramentas e técnicas corretamente;
Monitorar e avaliar o uso das ferramentas e técnicas, verificando se elas estão trazendo benefícios para o projeto;
Ajustar ou substituir as ferramentas e técnicas conforme o feedback ou as mudanças no projeto.
De Teoria à Prática: Ilustrando com Exemplos
A seguir, apresentamos alguns exemplos práticos de aplicação das metodologias e processos de desenvolvimento de software em diferentes contextos:
Exemplo 1: Desenvolvimento de um aplicativo móvel para delivery de comida usando Scrum
O Scrum é uma das metodologias ágeis mais populares e utilizadas no mundo. Ele se baseia em um ciclo de vida iterativo e incremental, no qual o projeto é dividido em sprints (geralmente de duas a quatro semanas), nos quais são entregues incrementos funcionais do produto. O Scrum define três papéis principais: o Product Owner (responsável por definir e priorizar os requisitos do produto), o Scrum Master (responsável por facilitar e orientar o processo) e o Development Team (responsável por desenvolver e testar o produto). O Scrum também define quatro artefatos principais: o Product Backlog (lista ordenada dos requisitos do produto), o Sprint Backlog (lista das tarefas a serem realizadas em cada sprint), o Increment (parte funcional do produto entregue em cada sprint) e o Burndown Chart (gráfico que mostra o progresso do sprint). Além disso, o Scrum define cinco eventos principais: o Sprint Planning (reunião para planejar o sprint), o Daily Scrum (reunião diária para sincronizar o trabalho da equipe), o Sprint Review (reunião para avaliar o incremento entregue no sprint), o Sprint Retrospective (reunião para refletir sobre as melhorias do processo) e o Sprint (período de tempo fixo para realizar o trabalho).
Um exemplo prático de aplicação do Scrum seria o desenvolvimento de um aplicativo móvel para delivery de comida. Nesse caso, poderíamos ter os seguintes passos:
O Product Owner cria um Product Backlog com os requisitos do aplicativo, como: permitir que os usuários se cadastrem, façam login, busquem restaurantes, visualizem cardápios, façam pedidos, paguem online, avaliem o serviço, etc. Ele também prioriza os requisitos de acordo com o valor e a urgência para o negócio e os usuários.
O Scrum Master organiza uma reunião de Sprint Planning com o Product Owner e o Development Team para definir o escopo, o objetivo e o plano do primeiro sprint. Eles selecionam os requisitos mais importantes do Product Backlog e os adicionam ao Sprint Backlog. Eles também estimam o esforço e o tempo necessários para cada tarefa e definem os critérios de aceitação para cada requisito.
O Development Team inicia o primeiro sprint, que tem a duração de duas semanas. Durante esse período, eles realizam as tarefas do Sprint Backlog, seguindo as práticas de desenvolvimento ágil, como programação em pares, integração contínua, testes automatizados, refatoração, etc. Eles também se comunicam diariamente em reuniões de Daily Scrum, nas quais relatam o que fizeram no dia anterior, o que pretendem fazer no dia atual e quais são os obstáculos que estão enfrentando.
Ao final do primeiro sprint, o Development Team entrega um incremento funcional do aplicativo, que permite que os usuários se cadastrem e façam login. Eles apresentam esse incremento ao Product Owner e aos demais stakeholders em uma reunião de Sprint Review, na qual recebem feedbacks sobre a qualidade e a adequação do produto. Eles também realizam uma reunião de Sprint Retrospective, na qual discutem sobre os pontos fortes e fracos do processo e definem ações de melhoria para o próximo sprint.
O ciclo se repete até que todos os requisitos do Product Backlog sejam atendidos ou até que o prazo ou o orçamento do projeto se esgote.
Exemplo 2: Desenvolvimento de um sistema web para gestão de bibliotecas usando Kanban
O Kanban é outra metodologia ágil muito utilizada no desenvolvimento de software. Ele se baseia em um sistema visual de gestão de fluxo de trabalho, no qual as tarefas são representadas por cartões que são movimentados em um quadro dividido em colunas que indicam o status das tarefas (como a fazer, em andamento, concluído, etc.). O Kanban não define papéis fixos nem ciclos fixos de trabalho. Ele segue quatro princípios básicos: visualizar o fluxo de trabalho, limitar o trabalho em progresso (WIP), gerenciar o fluxo e melhorar continuamente. O Kanban permite que as equipes trabalhem de forma autônoma, colaborativa e adaptativa, focando na entrega contínua de valor para o cliente.
Um exemplo prático de aplicação do Kanban seria o desenvolvimento de um sistema web para gestão de bibliotecas. Nesse caso, poderíamos ter os seguintes passos:
A equipe cria um quadro Kanban com as colunas: Backlog (lista dos requisitos do sistema), Análise (tarefas relacionadas à análise dos requisitos), Desenvolvimento (tarefas relacionadas à codificação do sistema), Teste (tarefas relacionadas à verificação do sistema) e Entrega (tarefas relacionadas à implantação do sistema). A equipe também define os limites de WIP para cada coluna, por exemplo: 10 cartões no Backlog, 5 cartões na Análise, 3 cartões no Desenvolvimento, 2 cartões no Teste e 1 cartão na Entrega.
A equipe adiciona os requisitos do sistema ao Backlog em forma de cartões. Os requisitos podem ser: permitir que os bibliotecários cadastrem livros, usuários e empréstimos; permitir que os usuários consultem livros disponíveis; permitir que os usuários reservem livros; permitir que os bibliotecários gerenciem reservas; permitir que os usuários renovem empréstimos; permitir que os bibliotecários apliquem multas por atraso; etc.
A equipe inicia o trabalho puxando os cartões do Backlog para as demais colunas conforme a disponibilidade e a capacidade da equipe. Por exemplo: um analista puxa o cartão “permitir que os bibliotecários cadastrem livros” para a coluna Análise e começa a elaborar o diagrama de classes para esse requisito. Um desenvolvedor puxa o cartão “permitir que os usuários consultem livros disponíveis” para a coluna Desenvolvimento e começa a escrever o código para essa funcionalidade. Um testador puxa o cartão “permitir que os usuários reservem livros” para a coluna Teste e começa a executar os testes de aceitação para essa funcionalidade.
A equipe move os cartões pelas colunas conforme o andamento das tarefas. Por exemplo: quando o analista termina o diagrama de classes, ele move o cartão “permitir que os bibliotecários cadastrem livros” para a coluna Desenvolvimento e puxa outro cartão do Backlog para a coluna Análise. Quando o desenvolvedor termina o código, ele move o cartão “permitir que os usuários consultem livros disponíveis” para a coluna Teste e puxa outro cartão da coluna Análise para a coluna Desenvolvimento. Quando o testador termina os testes, ele move o cartão “permitir que os usuários reservem livros” para a coluna Entrega e puxa outro cartão da coluna Desenvolvimento para a coluna Teste.
A equipe entrega as funcionalidades ao cliente conforme elas são concluídas e validadas. Por exemplo: quando o cartão “permitir que os usuários reservem livros” chega à coluna Entrega, a equipe implanta essa funcionalidade no ambiente de produção e comunica ao cliente que ela está disponível para uso. A equipe também recebe feedbacks do cliente sobre as funcionalidades entregues e faz as correções ou melhorias necessárias.
A equipe monitora e melhora continuamente o fluxo de trabalho, usando métricas como o tempo de ciclo (tempo que um cartão leva para percorrer todo o quadro), a taxa de entrega (quantidade de cartões entregues em um período de tempo), a taxa de defeitos (quantidade de erros encontrados em um período de tempo), etc. A equipe também realiza reuniões periódicas para discutir sobre os problemas, as soluções e as oportunidades de melhoria do processo.
Exemplo 3: Desenvolvimento de um software embarcado para controle de um robô usando um modelo híbrido
Um modelo híbrido é uma forma de combinar elementos das metodologias tradicionais e ágeis, buscando obter o melhor dos dois mundos. Um modelo híbrido pode ser criado de acordo com as características e necessidades de cada projeto, usando técnicas como: misturar fases sequenciais com ciclos iterativos, aplicar práticas ágeis em partes do projeto, usar abordagens diferentes para requisitos diferentes, integrar equipes ágeis com equipes tradicionais, etc.
Um exemplo prático de aplicação de um modelo híbrido seria o desenvolvimento de um software embarcado para controle de um robô. Nesse caso, poderíamos ter os seguintes passos:
A equipe realiza uma fase inicial de planejamento, na qual define o escopo, os objetivos, os requisitos, as entregas e os critérios de aceitação do projeto. A equipe também define a arquitetura geral do software, identificando os principais componentes, interfaces e requisitos não funcionais (como desempenho, segurança, confiabilidade, etc.). A equipe também define as ferramentas, as tecnologias e as normas que serão utilizadas no projeto.
A equipe divide o projeto em módulos funcionais, que correspondem às principais funcionalidades do software. Por exemplo: controle de movimento, controle de sensores, controle de comunicação, controle de interface, etc. A equipe prioriza os módulos de acordo com o valor e a complexidade para o projeto.
A equipe desenvolve cada módulo usando uma abordagem ágil baseada no Scrum. A equipe define sprints de uma semana, nos quais entrega incrementos funcionais do módulo. A equipe também realiza reuniões diárias, semanais e mensais para sincronizar o trabalho, obter feedbacks e melhorar o processo.
A equipe integra os módulos desenvolvidos usando uma abordagem tradicional baseada no RUP. A equipe realiza fases de integração, teste e implantação do software no robô. A equipe também realiza verificações de qualidade, testes de sistema e testes de desempenho para garantir que o software atenda aos requisitos definidos na fase de planejamento.
Após a integração e os testes, a equipe realiza uma avaliação geral do software e identifica possíveis ajustes ou melhorias. Essa fase de revisão é crucial para garantir a integridade do sistema como um todo, considerando tanto os aspectos funcionais quanto os não funcionais.
Uma vez que o software esteja considerado pronto para implantação, a equipe inicia a fase de implantação. Isso envolve a instalação do software no robô, realização de testes finais em um ambiente semelhante ao real e a preparação para a utilização prática.
Após a implantação, a equipe monitora ativamente o desempenho e a estabilidade do software no ambiente de produção. Qualquer problema ou oportunidade de melhoria identificado é tratado de acordo com procedimentos estabelecidos, garantindo que o software continue a atender às necessidades do robô e dos usuários.
Finalmente, a equipe conduz uma avaliação pós-projeto para refletir sobre o processo de desenvolvimento. Isso envolve a identificação de lições aprendidas, pontos fortes e áreas para melhoria. Essas informações podem ser usadas para aprimorar futuros projetos e ajustar a abordagem híbrida conforme necessário.
Explorando as Fontes de Conhecimento
Para aprofundar seus conhecimentos sobre metodologias e processos de desenvolvimento de software, vale a pena explorar algumas fontes confiáveis. O livro “Agile Estimating and Planning” de Mike Cohn oferece insights sobre planejamento ágil e como estimar com precisão em ambientes dinâmicos. Já o artigo “Lean Thinking: Banish Waste and Create Wealth in Your Corporation” de James P. Womack e Daniel T. Jones é um ponto de partida valioso para compreender os princípios do Lean Development.
Conclusão: O Caminho para o Desenvolvimento de Software Eficiente
Neste artigo, buscamos apresentar as principais características, vantagens, desafios e exemplos das metodologias ágeis de desenvolvimento de software, bem como dos modelos híbridos que combinam elementos das abordagens ágil e tradicional. Para isso, utilizamos como base a revisão bibliográfica de artigos científicos e livros sobre o tema, além de ferramentas de busca na web.
A partir da análise dos dados coletados, pudemos concluir que as metodologias ágeis são abordagens que visam aumentar a eficiência, a qualidade e a satisfação dos clientes e das equipes no desenvolvimento de software. Elas se baseiam em valores e princípios que enfatizam a entrega de valor, a colaboração, a adaptação e a melhoria contínua. No entanto, existem diversas metodologias ágeis, cada uma com suas características, vantagens e desafios. Portanto, é preciso escolher a melhor metodologia ágil para cada projeto, considerando as características e necessidades do produto, do cliente, da equipe e da organização.
Além disso, pudemos concluir que os modelos híbridos de desenvolvimento são aqueles que integram elementos das abordagens ágil e tradicional de gestão de projetos, buscando aproveitar as vantagens e minimizar as desvantagens de cada uma. Eles podem ser construídos a partir da combinação dessas abordagens em diferentes níveis: estratégico, tático ou operacional. Os benefícios dos modelos híbridos são aumentar a flexibilidade e a resiliência do projeto, permitindo que ele se adapte às mudanças e às incertezas do ambiente; aumentar a eficácia e a eficiência do projeto, permitindo que ele entregue valor para o cliente e para a organização; aumentar a satisfação e a motivação do cliente e da equipe, permitindo que eles participem ativamente do projeto e recebam feedbacks constantes; aumentar o aprendizado e a inovação do projeto, permitindo que ele incorpore novos conhecimentos e soluções. Os desafios dos modelos híbridos são definir os critérios e os limites para a combinação, evitando que ela se torne arbitrária, inconsistente ou contraditória; equilibrar as demandas e as expectativas do cliente e da organização, evitando que elas se tornem conflitantes, irreais ou insustentáveis; capacitar e alinhar a equipe e os stakeholders do projeto, evitando que eles se tornem confusos, desorientados ou resistentes; avaliar e melhorar o projeto, evitando que ele se torne obsoleto, ineficaz ou ineficiente.
Como sugestões para trabalhos futuros, propomos realizar estudos de caso com empresas que utilizam metodologias ágeis ou modelos híbridos de desenvolvimento em seus projetos de software, a fim de verificar na prática os benefícios e os desafios dessas abordagens. Além disso, propomos realizar pesquisas comparativas entre diferentes metodologias ágeis ou modelos híbridos de desenvolvimento, a fim de identificar as melhores práticas e ferramentas para cada tipo de projeto. Por fim, propomos realizar pesquisas exploratórias sobre novas tendências e inovações nas metodologias ágeis ou modelos híbridos de desenvolvimento, a fim de acompanhar as mudanças no mercado, na tecnologia e nas necessidades dos clientes.
Referências
Cohn, Mike. (2005). Agile Estimating and Planning.
Womack, James P., & Jones, Daniel T. (2003). Lean Thinking: Banish Waste and Create Wealth in Your Corporation.
Sutherland, J. (2014). Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo. Editora Sextante.
Anderson, D. J. (2016). Kanban: Mudança Evolucionária de Sucesso para seu Negócio de Tecnologia. Bookman Editora.
Poppendieck, M., & Poppendieck, T. (2014). Implementando o desenvolvimento lean de software: da concepção ao cash. Bookman Editora.
Leave a Comment